A possível ausência de Lance Stroll no Grande Prêmio do Canadá de Fórmula 1 reacendeu as especulações sobre quem poderá ocupar seu lugar na Aston Martin. O canadense enfrenta dores no punho, resultado de uma lesão sofrida no início de 2023, o que o levou a abandonar a etapa da Espanha no último fim de semana. A equipe britânica confirmou que Stroll passará por um procedimento cirúrgico, mas não estipulou um prazo oficial para seu retorno às pistas.
A situação gerou um grande debate no paddock em Barcelona, especialmente sobre quem seria o substituto imediato para o GP em Montreal. A Aston Martin possui três pilotos reservas. No entanto, Jak Crawford não é elegível, pois ainda não acumula os pontos necessários na superlicença da FIA. Assim, os nomes que restam são Felipe Drugovich e Stoffel Vandoorne. O problema? Ambos têm compromissos com as 24 Horas de Le Mans, marcada justamente para o mesmo fim de semana da corrida canadense.
Stoffel Vandoorne tem contrato fixo com a Peugeot para disputar toda a temporada do Mundial de Endurance (WEC), enquanto Felipe Drugovich acertou participação apenas na tradicional prova francesa, defendendo a Cadillac. Apesar disso, Drugovich afirmou em entrevista que sua prioridade, no momento, é a Fórmula 1.
O assunto ganhou ainda mais força após a divulgação, na terça-feira (03), do release oficial da Cadillac sobre sua participação nas 24h de Le Mans 2025. Curiosamente, o comunicado não traz declarações de Drugovich, embora apresente falas de todos os outros pilotos da equipe, aumentando os rumores de uma possível ausência do brasileiro na corrida.

No documento, a Cadillac destaca que seus quatro carros estão prontos para o desafio, com dois alinhados no WEC e dois no campeonato IMSA. O #311 da Action Express Racing, onde teoricamente Drugovich correria ao lado de Frederik Vesti e Jack Aitken, mesma formação que disputou as 24h de Daytona no início do ano, aparece com foco apenas nas falas dos companheiros de Felipe.
Aitken ressaltou os desafios dos treinos em Le Mans, destacando que a natureza semipermanente do circuito torna cada volta fundamental para ajustes. Vesti, por sua vez, comentou sobre a importância do dia de testes e sobre sua adaptação ao Cadillac após correr de LMP2 na edição anterior.
Procurada, uma fonte ligada a Drugovich minimizou sua ausência no release, esclarecendo que isso não significa uma decisão tomada, seja para priorizar a Fórmula 1 ou seguir comprometido com Le Mans.
Por enquanto, a Aston Martin mantém a expectativa de que Lance Stroll consiga se recuperar a tempo de participar do GP do Canadá, sua corrida de casa. Contudo, se isso não ocorrer, Felipe Drugovich pode ser chamado para fazer sua tão aguardada estreia oficial na Fórmula 1, o que reacende a expectativa dos fãs brasileiros por um novo representante no grid da categoria mais importante do automobilismo mundial.
Se optar por não correr em Le Mans, esta seria a segunda vez que Drugovich abre mão de um compromisso no endurance para priorizar a F1, um claro sinal de que seu foco está, de fato, na busca por um assento fixo na principal categoria do planeta.